No vídeo, Marçal ressaltou que Bolsonaro está inelegível após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o impede de concorrer até 2030. Para reverter essa situação e permitir sua candidatura em 2026, o PL busca aprovar um projeto de anistia. Marçal criticou Bolsonaro por, ao invés de se focar em se tornar elegível, disparar críticas contra ele. “Você tem meu respeito, curto você. Seu problema não é comigo, é com o STF. Você precisa ser elegível para disputar. Lute por isso, e eu estarei torcendo por você. Mas não venha para cima de mim, porque não somos do mesmo partido e eu não devo satisfação a você. Cuide da sua vida, cara. Não tente ser o ‘malvadão’ comigo, porque eu sou uma pessoa boa,” afirmou.
Desde as eleições municipais deste ano, em que Marçal ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, os dois têm trocado farpas. Na quarta-feira, 30, Bolsonaro disse que se arrependeu de ter concedido uma medalha a Marçal em junho. “Há três meses, ele queria conversar comigo. Eu conversei só com ele. Até lhe dei uma medalha, e foi aí que errei,” declarou o ex-presidente. Marçal, por sua vez, afirmou que pretende devolver a medalha.
Além disso, Marçal exigiu a devolução dos R$ 100 mil que investiu na campanha de Bolsonaro em 2022, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na semana ada, Bolsonaro afirmou que a doação “foi do coração” e que a direita “pensou erroneamente” que ele apoiava Marçal. “A direita achou que eu estava com ele, e não era verdade. Isso causou muita dor de cabeça para mostrar que meu candidato era quem já estava fazendo um bom trabalho em São Paulo,” disse Bolsonaro, referindo-se ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), reeleito em outubro. No fim do primeiro turno, após Marçal não ter avançado na disputa, ele pediu uma retratação pública de Bolsonaro em troca de apoio a Nunes, o que, segundo aliados do ex-presidente, impossibilitou qualquer aproximação entre os dois.
Fonte: Notícias ao minuto