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Empresa oferece cerca de R$ 500 por escaneamento da íris; saiba como funciona 45286v

Publicado 2e3h5u

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Foto: Divulgação
Na última semana, circulou nas redes sociais uma série de relatos sobre pessoas indo a locais em São Paulo para “vender a íris” em troca de dinheiro.

A empresa responsável por essa ação é a Tools for Humanity (TfH), que, utilizando câmeras de alta tecnologia, escaneia a íris das pessoas para criar um que ela chama de World ID (“documento mundial”, em tradução livre).

A reportagem da CNN visitou um dos 53 pontos de coleta da empresa em São Paulo, localizado no bairro Bela Vista, na região central da cidade. Em uma pequena sala no final de um corredor, com uma televisão, o World ID é apresentado como uma forma de verificação de humanidade.

Ao ser questionada sobre o funcionamento do processo de “venda da íris”, uma atendente pediu para exibir um vídeo explicativo sobre a ferramenta. O ambiente tem uma atmosfera futurista, com atendentes de cabelos impecavelmente presos, roupas pretas padronizadas com o logotipo da empresa e falas que parecem ter sido ensaiadas.

No corredor, antes da sala de coleta, foram instaladas quatro máquinas do tamanho de uma pessoa. Uma haste conecta essas máquinas a uma esfera de metal no chão. Esses scanners são usados para mapear as íris dos voluntários.

O vídeo explicativo descreve o projeto World ID. Segundo a empresa, o objetivo é criar um código único que não possa ser reproduzido pela inteligência artificial, que também pode ser usada de forma maliciosa. “Nosso objetivo aqui é proporcionar mais segurança”, afirmou um dos atendentes.

Nas redes sociais, surgiram vídeos mostrando filas para “vender a íris”. De acordo com a empresa, quem realizar a verificação de humanidade recebe cerca de 48 criptoativos.

Em uma simulação feita pela reportagem, o valor dos criptoativos fornecidos pela empresa equivalia a aproximadamente R$ 500. “Você pode sacar quando quiser”, disse uma atendente.

Até o momento, cerca de 500 mil pessoas já venderam os dados de suas íris em São Paulo, cidade onde a empresa opera no Brasil. Para participar, é necessário baixar um aplicativo, aceitar os termos e condições e, opcionalmente, fornecer nome e telefone. Após isso, a pessoa pode agendar um horário para a coleta.

Recentemente, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou a suspensão dos pagamentos pela coleta da íris dos cidadãos no Brasil. No entanto, o serviço continua sendo realizado em troca de criptomoedas.

A empresa declarou que enviou um pedido à ANPD para poder continuar suas operações. “Durante todo esse tempo, trabalhamos em estreita colaboração com a ANPD. Nosso objetivo é garantir que cumpramos com a LGPD. Queremos mais tempo para discutir isso e fornecer à ANPD uma compreensão mais completa sobre nosso trabalho”, afirmou Kieran, da TfH, ao CNN Money.

Fonte: CNN Brasil

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